Quem visita hoje o Vietnã não compreende duas observações imediatas. Como o norte, vencedor, continua pobre e o sul, derrotado, está ainda mais rico? E como pôde esse povo destituído de tudo derrotar, em guerras sucessivas, a rica França, a todo-poderosa América e a gigantesca China?
No Vietnã, riqueza se mede pela razão entre motos e bicicletas. Em Hanói, no norte do país, para cada motoca, há dez bicicletas na rua. Em Saigon, no sul, para cada bicicleta, há dez motocas. Segundo os vietnamitas, o motivo para tal disparidade entre o norte socialista e o sul de inclinação capitalista, mas governado pelo norte, é a qualidade da terra. Enquanto no norte o arroz é colhido em áridas terras montanhosas uma vez ao ano, no sul os vales e deltas permitem de duas a três colheitas. E, atrás do arroz vem o resto.
Há ainda uma cultura mercantilista em Ho Chi Minh (antiga Saigon) que não existe em Hanói, diriam os liberais. Talvez seja verdade.
Apesar da pobreza, o país é cativante. Mas o que mais encanta é a impenetrável resignação dessa sociedade guerreira e paciente. Uma população sem ressentimentos, transbordando de serena boa vontade
Hanói
Capital do Vietnã, Hanói tem o trânsito mais caótico que vimos em toda a viagem. Motocicletas, carros e pedestres se cruzam (e se entendem) em ruas sem a menor sinalização.
Templo da Literatura
Aproveitamos a estada em Hanói como base para visitar os Templos de My Son e o passeio de junk boat pela baía de Halong, considerada a paisagem mais bonita do mundo no atual concurso de beleza natural promovido pela UNESCO. Vale a pena fazer o passeio de três dias, dormindo a bordo.
Mirante em Halong Bay
Passeio de barco em Halong Bay
Passeio a Perfume Pagoda
Passeio a Perfume Pagoda
Hué
Após passarmos a noite na estrada, chegamos em Hué, antiga capital imperial. Durante a Guerra do Vietnã, Hué localizava-se entre o Vietnã do Norte e o Vietnã do Sul e, devido a sua posição central, foi duramente bombardeada, sofrendo trágicos ataques.
A cidade hoje é conhecida pelos seus monumentos históricos, tais como a Citadela, com a cidade proibida. Além disso, ao longo do Perfume River, pudemos visitar as tumbas dos vários imperadores.
Citadela - a cidade proibida
Hoi An
Seguimos viagem pela estrada até Hoi An, uma pequena cidade na costa central do Vietnã. Esta pitoresca cidade atrai os viajantes para os inúmeros cafés e restaurantes de influência francesa, sua charmosa old town e as lojas que produzem ternos sob encomenda, por uma fração do preço ocidental.
Ponte Japonesa
Templo em Hoi An
Ho Chi Minh City (antiga Saigon)
Sob o nome de Saigon, esta cidade foi a capital da colônia francesa e, posteriormente, estado independente do sul do Vietnã. Hoje, a cidade continua adornada com os seus enormes boulevares e históricos prédios da época da frança colonial.
Visitamos o Palácio da Reunificação, o Mercado Popular Ben Thang, o impressionante Museu da Guerra e os Túneis de Cu Chi, elaborados pelos vietnamitas na época da guerra. Vale também um passeio de barco pelo Delta do Rio Mekong.
Entrada original do Túnel Cu Chi
Interior do Túnel Cu Chi
Palácio da Reunificação
Quadro vencedor do Prêmio Pulitzer, no Museu da Guerra
Passeio pelo Delta do Rio Mekong
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